No mundo animal, todo dia é dia da mentira…
Isso porque, entre os bichos, sobrevive aquele que tem a maior capacidade de enganar o predador (animal que captura e come a presa). O leão, por exemplo, é um grande predador de zebras.
Os cientistas dão nomes diferentes para cada uma das “mentirinhas” dos bichos. Uma delas é a camuflagem: quando um animal se mistura ao ambiente para não virar o almoço de outro bicho. Alguns preferem se mostrar em vez de se esconder. Os cientistas chamam isso de “mimetismo”: quando um bicho parece outro bem diferente.
Bicho ou Pau?
O bicho-pau é craque em camuflagem. Entre os galhos das árvores, ele parece tanto um graveto que fica difícil para o predador encontrá-lo.

Meleca
As lagartas de algumas espécies de borboleta são habilidosas em camuflagem. Durante o dia, elas ficam paradas e parecem cocô de passarinho.

Perna Curta
As esperanças, parecidas com grilos, sabem que mentira tem perna curta. Para enganar os predadores, elas imitam uma folha seca. Agora, se a farsa for descoberta, elas tiram o plano B da manga: abrem as asas, que têm um par de manchas, e ficam parecendo uma grande coruja.

Pura Falsidade
O caso mais famoso de mimetismo é o da cobra falsa-coral. Ela anda por aí para todos pensarem que se trata da supervenenosa cobra-coral. Mas é só um blefe. A falsa-coral não tem veneno. COBRA!
Perfume de aranha
O mimetismo também pode servir para o ataque. A aranha-boleadeira, por exemplo, solta um fio de teia e fica rodando-o como um chicote. Na ponta, uma gotinha imita o cheiro da mariposa fêmea. Aí é batata: uma mariposa macho cai na trapaça, fica presa na teia e vira o almoço da aranha.
Rei do disfarce
E quem pensa que o camaleão é o rei do disfarce não conhece o polvo. Ele consegue se camuflar na areia do fundo do mar e até imitar certos tipos de pedra.

Fonte: Folha de S. Paulo