O caso Hope: quando a prática clínica acelera a regulamentação
A história do cavalo Hope se tornou um divisor de águas. Após ser tratado com fitocanabinoides, ele apresentou melhora significativa e remissão do tumor. A repercussão do caso aumentou a pressão para que a regulamentação no Brasil avance de forma sólida e segura.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) incluiu oficialmente o uso veterinário da cannabis no plano de ação sobre regulamentação da cannabis medicinal, um movimento raro e histórico.
Como o CFMV está atuando na regulamentação
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) tem acompanhado de perto o processo regulatório, com forte atuação da Comissão Nacional de Endocanabinologia Veterinária.
A presidente da Comissão, Caroline Campagnone, destaca:
“O caso do Hope mostra uma mudança concreta na prática clínica. Precisamos garantir segurança jurídica, protocolos claros e autonomia para que o médico-veterinário prescreva com responsabilidade.”
Essa atuação envolve:
- articulação com a Anvisa;
- diálogo com o Ministério da Agricultura;
- participação como amicus curiae em processos;
- defesa da inclusão do THC nos protocolos veterinários, especialmente em casos de dor crônica e câncer.
THC e CBD: por que a regulamentação correta importa?
Muitos estudos apontam que o THC pode ser essencial em tratamentos veterinários complexos, sobretudo em quadros oncológicos e dores refratárias.
Restringir seu uso pode limitar o acesso a terapias eficazes já reconhecidas pela literatura científica internacional.
Por isso, o debate atual não é apenas sobre liberar ou não, mas sim como regulamentar de forma segura, baseada em evidências e adequada à realidade veterinária.
O que a Faculdade Qualittas destaca sobre o tema

Na Faculdade Qualittas, entendemos que o avanço da cannabis veterinária exige:
- formação atualizada;
- incentivo à pesquisa;
- profissionais preparados para interpretar evidências científicas;
- ética e responsabilidade na prescrição.
O caso Hope destaca a importância de unir ciência, regulação e educação para garantir tratamentos seguros e eficazes para os animais.
O que esperar para os próximos meses?
O debate deve se intensificar com:
- novas audiências no STJ;
- posicionamentos técnicos do CFMV;
- discussões com Anvisa e MAPA;
- ampliação da produção científica nacional;
- fortalecimento das diretrizes para prescrição veterinária de fitocanabinoides.
A tendência é clara: a cannabis na Medicina Veterinária está em ascensão, e o Brasil caminha para um marco regulatório mais robusto.
O futuro dos tratamentos veterinários já começou
O caso Hope é mais do que um episódio clínico: é um gatilho para mudanças regulatórias, uma oportunidade de avanço científico e um alerta para a necessidade de formação especializada.
A cannabis veterinária não é mais tendência — é uma realidade que exige preparo, ética e embasamento técnico.
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📚 Fonte: Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)
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