Cada vez mais importante para os exportadores brasileiros de carne de frango, a China não deverá alterar o padrão – crescente – das importações do produto em razão da desvalorização do yuan, conforme avaliação do vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.
Ainda que os reflexos da depreciação da moeda chinesa estejam no “radar” da entidade, por significarem redução do poder de compra do país asiático, Santin reforça que a demanda da China tem se mostrado “muito forte”. De janeiro a julho, o volume vendido aos chineses cresceu 41%, para 180,7 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em receita, houve crescimento de 25%, para US$ 361 milhões. A China é o quarto maior cliente dos exportadores de frango.
Além disso, o dirigente da ABPA considera que não é “fácil” substituir o volume hoje comprado do Brasil, maior exportador global. Principal concorrente dos brasileiros, os EUA tiveram forte queda nas vendas por conta do surto de gripe aviária que atingiu o país, e a China embargou a carne americana por causa do vírus.
Sobre as exportações de carne bovina para a China, mercado que foi reaberto recentemente e ainda é pouco representativo, não há uma avaliação definitiva, mas o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio, diz que o Brasil é mais “competitivo” que os principais concorrentes, EUA e Austrália. Hoje, afirma, os preços da carne brasileira são mais baixos. No caso da carne suína, a China é pouco relevante.
Fonte: Valor Econômico