A pesquisa clínica veterinária está passando por uma virada decisiva no Brasil. Nunca se falou tanto — e com tanta urgência — sobre ética, responsabilidade e inovação quando o assunto é o desenvolvimento de tratamentos, medicamentos e novas abordagens terapêuticas para animais.
O futuro da pesquisa clínica veterinária esteve em pauta no XI Encontro de Comissões de Ética no Uso de Animais (Ceuas) da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC), realizado em 3 de novembro de 2025, na Alesp, em conjunto com o XVI Fórum CeuaVet da FMVZ-USP. Um encontro que reuniu ciência, ética e inovação em um debate essencial sobre os desafios e os novos caminhos da Medicina Veterinária no Brasil.
Por que essa discussão importa agora?
Porque a ciência avança rápido — e a ética precisa avançar junto. As Ceuas foram destacadas como pilares para garantir o bem-estar animal, a transparência dos estudos e a credibilidade dos resultados. São elas que avaliam riscos, definem métodos adequados, previnem conflitos de interesse e asseguram que cada pesquisa seja conduzida com responsabilidade.
No Brasil, o desafio é ainda maior. A diversidade de espécies — animais de companhia, de produção e silvestres — e os diferentes cenários de atuação, que vão de biotérios à pesquisa em campo e à clínica de rotina, exigem sistemas robustos de gestão da qualidade, capazes de garantir rastreabilidade, segurança e conformidade regulatória.
Além disso, novas tecnologias, terapias inovadoras e a crescente demanda por evidências clínicas tornam indispensável a atualização constante dos profissionais, tanto do ponto de vista técnico quanto ético.
O papel do CRMV-SP e das normas éticas
O CRMV-SP reforça que regulamentação, fiscalização e orientação são essenciais para assegurar boas práticas na pesquisa clínica veterinária. A entidade lançou um manual de conduta ética para pesquisa com animais de laboratório, oferecendo diretrizes claras a médicos veterinários e zootecnistas sobre cuidado, respeito e responsabilidade.
Mais do que regras, essas orientações fortalecem a credibilidade da pesquisa nacional, alinham o Brasil aos padrões internacionais e consolidam a Medicina Veterinária como uma ciência ética, confiável e socialmente comprometida.
O que isso significa para estudantes da Qualittas e futuros profissionais?
Para quem está em formação — especialmente os alunos da Faculdade de Medicina Veterinária Qualittas — este é um momento estratégico. A pesquisa clínica moderna exige profissionais que entendam que ciência e ética caminham juntas.
Desde a graduação e a pós-graduação, é essencial desenvolver:
- Ética e respeito aos animais, em qualquer área de atuação
- Rigor científico e metodológico, base de resultados confiáveis
- Responsabilidade social, reconhecendo o impacto da pesquisa além do laboratório
- Atualização contínua e visão crítica, diante de novas tecnologias e terapias
Mais do que acompanhar as mudanças, o novo profissional da Medicina Veterinária é chamado a liderar esse processo, construindo uma ciência inovadora, ética e alinhada às demandas da sociedade.
👉 O futuro da pesquisa clínica veterinária já começou. A pergunta é: você está preparado para fazer parte dele?
