Técnica‌ ‌inédita‌ ‌de‌ ‌implantação‌ ‌de‌ ‌chip‌ ‌em‌ ‌éguas‌ ‌diminui‌ ‌o‌ ‌ risco‌ ‌de‌ ‌morte‌ ‌após‌ ‌o‌ ‌parto.

As tecnologias, quando usadas ao nosso favor, possuem o potencial de trazer muitos avanços, como no caso do Haras Rosa Mystica, que adotou uma tecnologia inédita no Brasil para monitorar o nascimento dos potros, também conhecidos como neonatos. Trata-se da implantação de um chip na vagina da égua, no último mês de gestação, com o objetivo de alertar ao médico veterinário que o parto está acontecendo, diminuindo o risco de morte após o parto, uma vez que os filhotes nascem muito frágeis.

Funciona da seguinte forma: o chip, que é importado, é inserido na égua nos últimos trinta dias de gestação, garantindo que seja possível acompanhar o nascimento, uma vez que o parto pode ocorrer de madrugada, por exemplo. Dessa forma, é possível prestar a assistência necessária ao potro e para a égua. O procedimento é simples e realizado por um médico veterinário que implanta o chip utilizando anestesia e ponto cirúrgico. O objeto fica imperceptível, não causa incômodo e nem alergia, sendo constantemente limpo pelos tratadores.

De acordo com Nilson, um dos proprietários do Haras, o produto é encapsulado por um material resistente à sujeira e à chuva, e funciona como um sensor eletrônico que é ativado magneticamente. Quando o trabalho de parto é iniciado, a saída do filhote força a vagina, desconectando o dispositivo, que emite um alerta sonoro para a casa dos tratadores, sendo estes encarregados de avisar ao médico veterinário para prestar os cuidados necessários.

A tecnologia é importante para observar o mais rápido possível se há algum problema com o potro e com a égua. “É possível avaliar o quanto antes a consistência das fezes, grau de hidratação, nistagmo (doenças nos olhos do animal), se está deglutindo o leite, se há refluxo, se está urinando normalmente, se os cascos estão bem formados. Além de avaliar a égua, identificar se houve sinais de traumatismo na vagina, se ela está emitindo algum sinal de dor, se foi machucada internamente”, afirma Nilson, que junto com mais três irmãos investe na criação de cavalos de alta performance para o Hipismo.

Ele explica também que é possível saber se o filhote nasceu no local ideal, evitando lugares perigosos como cercas, barrancos, lama e etc., principalmente no caso das éguas que ficam livres pelo pasto. Após o nascimento, estes recém-nascidos continuam sendo monitorados durante 7 dias, para garantir que não ocorrerá nenhum problema ou que seja solucionado o mais rápido possível.

Esta tecnologia também pode ser utilizada em outras espécies, tais como ovelhas, vacas, Lhamas e etc, bem como diversos transmissores podem ser implantados, um em cada animal, sendo necessário apenas um receptor de sinal para monitorar.

Fonte: Cavalus e Portal do Agronegócio.